Ensinamentos do Irmão Karl
Raphael Rios
“Como se fosse o último dia” – Deus, na sua infinita sabedoria, ao instituir a bênção das vidas sucessivas pela lei das reencarnações, não facultou aos seres mortais conhecerem o dia de suas partidas de retorno à espiritualidade.
Os mentores espirituais ainda nos esclarecem que os programas encarnatórios não fazem da partida um evento datado irremovível, apenas estabelecem probabilidades quanto a esse tempo, uma vez que a conduta humana, fundada no livre arbítrio, face aos compromissos assumidos, influencia decisivamente a posposição ou antecipação do acontecimento.
Ademais, o Pai da Vida nos dotou do instinto de conservação, de sobrevivência, que nos impulsiona a lutar pela vida e a Sua misericórdia nos permite sermos amparados pelo poder renovador da esperança.
É por isso que o grande amigo de todos nós, Irmão Karl, diante de todas essas providenciais disposições das leis maiores, nos impele, com amorosa insistência, que vivamos cada dia de nossa existência como se último fosse, já que o podemos fazer pela esperança de continuarmos a viver o amanhã seguinte e, portanto, sem o ultimato espantoso de uma sentença pré-lavrada.
A orientação do Irmão Karl, é, então, no dia vigente e em todos os demais, fazermos um exercício diário imaginativo do “se último dia fosse” para que nos ocupemos com a vivência dos verdadeiros e imperecíveis valores que fazem a essência da vida, revivenciados pela Doutrina Redentora na observância do Mandamento do Amor que nos legou o amado Mestre Jesus, e para que descartemos de nossa existência cotidiana o fardo inútil das nossas pequenezes, frente ao próximo e a nós mesmos, despidos da indiferença pelos outros e da auto-comiseração para conosco mesmo, assumindo fazer dos nossos pensamentos, palavras e obras, os instrumentos da paz, da convivência fraterna, da caridade e do trabalho construtivo.
Assim criaremos a alegria que inundará o nosso dia pelo dever cumprido. Cada dia poderá ser vivido, com plenitude de bons sentimentos. Não foi para uso vão que Deus nos ocultou o término de nossos dias, mas para que amássemos a vida todos os dias em comunhão com Ele para que a vida nos retribuísse em bênçãos, ultrapassando a morte passageira porque assim estaremos construindo sobre a rocha do bem os fundamentos de uma nova e melhor vida futura.