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Núcleo Espírita Assistencial "Paz e Amor"

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Informativo mensal do NEAPA
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Regressão: necessidade ou curiosidade?

10/2000 | Estamos Aqui!!!

Diana O. Romanini

Imagem do informativoA alma é estudada por cientistas ao longo dos séculos, desde o homem primitivo que, ao descobrir o fogo, sentava-se ao redor das fogueiras ficando longas horas em absorta contemplação no mais profundo estado alterado de consciência, até os atuais pesquisadores da psique humana.

Freud, muito usou a hipnose para regredir seus pacientes na ânsia de descobrir a origem de seus problemas, pois sempre acreditou que se chegarmos a origem, o problema estará resolvido.

A princípio voltava-se à infância; mais tarde descobriu-se a possibilidade de regredir-se ao útero e mais recentemente a encarnações passadas ou à árvore genealógica.

É importante lembrar que estes são estudos e técnicas a serem aplicadas quando há distúrbios que necessitam de intervenção. Submeter-se a estes procedimentos por mera curiosidade seria como pedir ao médico-cirurgião que fizesse qualquer intervenção cirúrgica com o único objetivo de saber como está o seu fígado ou estômago.

A frivolidade por estar na moda, ou mera curiosidade sem nenhum objetivo nobre só levará ao desastre, da mesma sorte que a intervenção cirúrgica sem necessidade.

O plano espiritual quando nos coloca um véu dificultando saber o que ocorreu no nosso passado, tem por objetivo proteger-nos e dar-nos condições de cumprir a missão que nos foi proposta.

Quando tivermos aprendido o verdadeiro significado da palavra amor, e nos propusermos a amar indistintamente, sendo solidários e fraternos a todos que nos procurarem, teremos aprendido a grande lição que Jesus nos deixou: “Amai-vos uns aos outros” e, com certeza, todas as limitações serão dissipadas.

Enquanto formos aprendizes da espiritualidade para não cometermos muitos erros, precisaremos dos véus, que nos farão evoluir em consciência e espírito.

É preciso destacar que a regressão de memória só ocorrerá se a espiritualidade permitir. O bom terapeuta jamais forçará aquilo que ainda não está pronto a emergir e só utilizará desses procedimentos se as condições se fizerem necessárias. Como um médico que só fará intervenção cirúrgica, se for o caso.

Além de advogada, sou terapeuta na Linha do Tempo, técnica que possibilita a regressão de memória. Tive muitos pacientes que resolveram seus problemas sem necessitar ir para vidas passadas; outros tantos, que com a regressão entenderam que os problemas advinham do passado e que por várias vezes os algozes foram eles próprios; outros que viram na pessoa amada seu algoz. Em todas as ocasiões aprenderam a perdoar a si mesmos ou ao outro e dar um novo destino as suas vidas.

Certa feita, uma paciente que estava decidida a separar-se de seu marido, mudou de ideia quando a espiritualidade mostrou-lhe o passado. Ela voltou para casa e depois daquela sessão o relacionamento entre ambos melhorou sensivelmente. O mesmo ocorreu com outra pessoa em relação ao seu sócio.

Nem sempre há um final feliz nos relacionamentos sejam eles quais forem. Mas sempre que haja permissão da Espiritualidade para que o paciente vá de encontro ao seu passado, o objetivo é a evolução do ser e com certeza o mesmo está preparado para que ocorra.

Em cinco anos que trabalho com este processo nunca tive um único paciente que tivesse piorado por saber o que ocorreu em seu passado. A média dos pacientes que regridem às encarnações passadas varia de trinta a cinquenta por cento. Isto significa que ir a um consultório que pratique estas técnicas, se idôneo, não será garantia de regressão, da mesma forma que ir a um consultório de um médico-cirurgião não será garantia de que será submetido a uma cirurgia. Cada caso tem seu remédio adequado e a troca pode significar o insucesso da terapêutica.

Joanna de Angelis, espírito psicografado por Divaldo P. Franco, no livro “Dias Gloriosos”, capítulo “Regressão de Memória” aborda com propriedade este tema, advertindo-nos que “quando não encontrando essas causas de desajustes na fase atual nem na infância dos enfermos, foram estimulados a recuar a sonda da investigação e chegaram aos processos mais profundos dos registros, aos arquétipos coletivos, que nada mais são do que reminiscências de outras encarnações, encontrando ali os fatores responsáveis pelos distúrbios que ora os inquietam…… Qualquer incursão neste tema, no entanto, sem orientação competente e especializada, destituída de objetivos nobres, animada por curiosidade ou frivolidade descabida, sempre resulta em desastre.

“O plano espiritual, quando nos coloca um véu dificultando saber o que ocorreu no nosso passado, tem por objetivo proteger-nos e dar-nos condições de cumprir a missão que nos foi proposta.”