Carta de Ano Novo
Emmanuel / Chico Xavier
Do livro “Vida e Caminho”
O termo Espiritismo foi usado pela primeira vez por Allan Kardec na obra O Livro dos Espíritos.
Os termos como Espiritualismo e Neo Espiritualismo, embora os fatos espírita sempre tenham existido, eram interpretados das mais diversas maneiras, muitas delas sob o prisma do misticismo, da superstição e do sobrenatural.
Para obter a resposta mais completa sobre “O que é o Espiritismo”, é necessário recorrermos ao O Livro dos Espíritos, que é o núcleo central.
Examinando este livro, em relação às demais
obras de Allan Kardec que completam a Codificação,
veremos que todas elas partem das bases de O Livro
dos Espíritos. As ligações de conteúdo entre esses livros,
quais sejam, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O
Livro dos Médiuns, A Gêneses, O Céu e o Inferno,
deixam perceber que a Codificação se apresenta como
um todo homogêneo e consequente.
Após 160 anos de sua publicação, O Livro dos
Espíritos continua sendo tão sólido e atual como nos
primeiros dias, sem ter sido abalado pelo progresso
tecnológico das ciências materialistas do mundo por-
que, como diz Kardec, o Espiritismo é uma doutrina
progressista e aberta.
É Ciência, Ciência porque se trata de um conjunto or-
ganizado de conhecimentos relativos a certas categori-
as de fatos ou fenômenos analisados empiricamente,
catalogados e relatados por seus pesquisadores, repre-
sentado pelo O Livro dos Médiuns. Kardec: “a fé sóli-
da é aquela que pode encarar a razão, face a face”.
A Doutrina Espírita
DA REDAÇÃO
É Filosofia, ilosofia quando, inserido no contexto filo-
sófico tradicional, embora de cunho evolucionista e
metafísico, pontua a necessidade do homem ir em
busca de seu autoburilamento, estimulando-o à averi-
guação de respostas às questões magnas da Humanida-
de: sua natureza, sua origem e destinação, seu papel
perante a Vida e o Universo. Kardec: “nascer, viver,
morrer e renascer de novo, progredindo sempre, tal é a
lei”.
É Religião, Religião porque tem o dom de unir os po-
vos em um ideal de fraternidade, preconizado por Je-
sus de Nazaré, permitindo, dessa forma, que o homem
se encontre com o próprio Criador. Kardec: “fora da
caridade não há salvação.”