Estudando com Kardec
Da redação
Conhecer a Doutrina Espírita é estudá-la, assim, é importante iniciarmos no caminho correto, começando com o esclarecimento de pequenas dúvidas, as quais são extremamente esclarecedoras.
No livro O Espiritismo Em Sua Mais Simples Expressão, no capítulo I “Histórico do Espiritismo” temos a resposta para algumas dessas questões. Vejamos abaixo.
Que são esses Espíritos? Que papel desempe-nham no universo? Com que objetivo se comunicam com os mortais? Tais as primeiras questões que se teria a resolver. Soube-se logo, por eles mesmos, que não são seres à parte na criação, mas as próprias almas daqueles que viveram na terra ou em outros mundos; que essas almas, depois de terem despojado de seu envoltório corporal, povoam e percorrem o espaço. Não houve mais possibilidade de dúvidas quando se reconheceram, entre eles, parentes e amigos, com os quais se pôde conversar; quando estes vieram dar prova de sua existência, demonstrar que a morte para eles foi somente a do corpo, que sua alma ou Espírito continua a viver, que estão ali junto de nós, vendo-nos e observando-nos como quando eram vivos, cercando de solicitude aqueles que amaram, e cuja lembrança é para eles uma doce satisfação.
Geralmente fazemos dos Espíritos uma ideia completa-mente falsa; eles não são, como muitos imaginam, seres abstratos, vagos e indefinidos, nem algo como um clarão ou uma centelha; são, ao contrário, seres muito reais, com sua individualidade e uma forma determinada. Podemos ter uma ideia aproximada pela explicação seguinte: Há no homem três coisas essenciais:
1° – a Alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral;
2° – o corpo, envoltório material, pesado e grosseiro, que coloca o Espírito em relação com o mundo exterior;
3° – o perispírito, envoltório fluídico, leve, que serve de laço e intermediário entre o Espírito e o corpo. Quando o envoltório exterior está gasto e não pode mais funcionar, ele tomba e o Espírito despoja-se dele como o fruto de sua casca, a árvore de sua crosta; em resumo, como se abandona uma roupa velha que não serve mais; é a isso que chamamos morte.
A morte, portanto, não passa da destruição do grosseiro envoltório do Espírito: só morre o corpo, o Espírito não morre.