Todos nós, sem exceção, trazemos, nas profundezas da nossa alma, tesouros maravilhosos que se encontram envoltos pela matéria densa que nos serve de veículo nesta caminhada terrena.

Com o passar do tempo, a somatória das experiências vividas, vai nos impactando, evidenciando-nos valores diversos, coloridos diferentes, fazendo-nos deixar de sonhar e, efetivamente, vivenciar a proficua realidade das nossas existências.

Pouco a pouco, a vida vai nos impondo suas regras e, gradativamente, vamos sentindo seus reflexos no corpo e na alma.

Com isto, as riquezas latentes que se achavam escondidas em nossa intimidade, tendem, suavemente, a emergir, tornando-se visíveis aos olhos do mundo, exteriorizando-se, sutilmente, em forma de amor em favor dos innãos que se encontram ensombrecidos pelas decepções que a vida lhes impõe.

Alguns não se apercebem de que são possuidores destes tesouros e permanecem, com eles, aprisionados, no recôndito de suas almas, por toda a encarnação, neste planeta de provas e expiações.

Outros tantos, porém, através do estudo, da conversação digna, dos pensamentos ajustados, das atitudes cristãs, das palavras doces, dos ouvidos ternos, do olhar brando e dos braços fraternos, vão externando através de cada um desses veículos, o fluido amoroso e perfumado que trazem como conquistas de tantas e tantas existências que vivenciaram em tantos outros corpos carnais.

Assim sendo, quanto mais ofertam, mais estímulo sentem em fazê-Io, levando as almas sofridas a desfrutarem, docemente, as alegrias puras do verdadeiro amor.

E, conduzidos por essa euforia caridosa, imbuídos da vontade de ajudar, colaborar, participar, dividir, acompanhar, deixam-se enredar pelas emoções, fazendo com que as riquezas que possuem sejam doadas, sem antes terem passado pelo crivo da razão e, desta forma, muitas vezes, cometem enganos.

Assim agindo, mesmo que amorosamente, distribuem estes tesouros a corações que ainda não se encontram preparados para recebê-los e deles fazerem o justo e devido uso.

Para uns, damos em demasia, para outros, nada ofertamos, pois enceguecidos pela ansiedade esquecemo-nos da razão criteriosa, deixando de distribuir, equilibradamente, estas jóias da sabedoria humana.

Busquemos, sempre, inspiração em Jesus, ofertando-Lhe o nosso coração, pois, Ele, haverá de nos orientar a entregá-lo a quem dele, de fato, necessitar.