Os médiuns
Estudando com Kardec
Da redação
Das diversas indagações sobre a mediunidade, os diferentes tipos, como se dá a comunicação e quais são as influências que recebemos, a Doutrina Espírita nos esclarece com conhecimento e estudo de causa.
As instruções apresentadas abaixo estão descritas na integra no livro “O Principiante Espírita” de Allan Kardec.
Apresentam os médiuns uma grande variedade de aptidões, que os tornam mais ou menos adequados para a obtenção deste ou daquele fenômeno, deste ou daquele gênero de comunicações.
Conforme tais aptidões eles se dividem em médiuns de efeitos físicos, de comunicações inteligentes, videntes, falantes, auditivos, sensitivos, desenhistas, poliglotas, poetas, músicos, escreventes, etc.
Não devemos esperar do médium nada que esteja fora dos limites de sua faculdade. Sem o conhecimento das aptidões mediúnicas, o observador não achará explicação para certas dificuldades ou para certas impossibilidades encontradas na prática.
Os médiuns de efeitos físicos são particularmente mais aptos para a produção de fenômenos materiais, como os movimentos, as batidas, etc., com o auxílio de mesas ou outros objetos.
Quando tais fenômenos revelam um pensamento, ou obedecem a uma vontade, são efeitos inteligentes e, como tal, denotam uma coisa inteligente. É este um dos modos pelos quais se manifestam os Espíritos.
De todos os meios de comunicação, é a escrita ao mesmo tempo o mais simples, o mais rápido, o mais cômodo e aquele que permite maior desenvolvimento. Também é a faculdade que se encontra com mais freqüência.
O médium escreve influenciado pelos Espíritos, que dele se servem como de um instrumento. Sua mão é tangida por um movimento involuntário, que muitas vezes não pode dominar.
Certos médiuns não têm consciência do que escrevem; outros têm uma vaga idéia, posto que o pensamento lhes seja estranho. E é isto o que distingue os médiuns mecânicos dos médiuns intuitivos ou dos semimecânicos.
A ciência espírita explica a maneira por que o pensamento do Espírito é transmitido ao médium e o papel que tem este nas comunicações.
O médium possui apenas a faculdade de transmitir a comunicação.
Esta, porém, depende da vontade dos Espíritos. Se eles não se quiserem manifestar, nada conseguirá o médium: será um instrumento sem músico para tocar.
Como os Espíritos só se comunicam quando podem, ou quando querem, não se acham sujeitos ao capricho de ninguém: nenhum médium pode forçá-los a se apresentarem. Isto explica a intermitência
da mediunidade – mesmo nos melhores médiuns –, que, por vezes, chega a durar meses.
É, pois, um erro pensar que a mediunidade seja derivada do talento do médium. O talento se adquire pelo trabalho e quem o possui é sempre seu senhor, enquanto que o médium jamais é senhor de sua faculdade: ela depende de uma vontade estranha.
Vide “O Livro dos Médiuns”, nº 286: Perguntas que podem ser dirigidas aos Espíritos.