Manifestações dos Espíritos
Hugo Puertas de Araújo e Márcia R. Farbelow
Pergunta de Valesca Tuffengdjian: Eu tinha uma tia muito ligada a minha mãe que morava em nossa casa. Essa tia desencarnou há 5 anos, de uma forma brutal. Ela se suicidou. Um dia, chegando em casa, entrei no quarto de minha mãe e senti o cheiro de minha tia. Foi perfeito. O cheiro era dela. Minha mãe estava tomando banho e o quarto estava com as janelas abertas… Mesmo assim o cheiro estava impregnado no quarto. Seria possível minha tia estar naquele lugar àquela hora?
É sempre possível que os espíritos já livres da matéria, possam se manifestar nos ambientes com os quais guardem algum grau de sintonia.
Nesses casos, as pessoas mais sensíveis poderiam sentir a presença desses espíritos de várias maneiras, algumas subjetivas como sensações e recordações espontâneas, e outras bem objetivas como por exemplo, visões, audições e cheiros.
Esses fenômenos não apresentam nada de extraordinário, constituindo-se na maneira usual como os espíritos se fazem reconhecer para aqueles que ainda estão no plano físico.
Não devemos, no entanto, nos impressionar com isso a ponto de começarmos a exigir a presença de tal espírito. Estar livre da matéria não implica em estar livre de obrigações, ao contrário, os espíritos libertos também têm muito o que fazer, quer seja em proveito da própria evolução, quer seja em trabalhos de auxílio a outrem.
Quanto menos evoluído for tal espírito, mais prejuízo lhe faremos se passarmos a invocá-los (conscientemente ou não) pois o privaremos dos cuidados necessários à sua condição.
Por isso, devemos sempre orar por aqueles que já partiram, sem nos apegarmos à saudade exagerada e à tristeza depressiva, mantendo sempre a certeza de que tal pessoa estará sendo auxiliada da melhor forma possível, se isso for necessário, ou então estará em processo de desenvolvimento, sendo a morte apenas um período de momentânea separação.