Rituais e crendices religiosas
Diana Ostam Romanini
O espiritismo não condena nenhuma religião ou doutrina. Qualquer crença, desde que voltada para a prática do bem e da caridade é vista com bons olhos pela doutrina espírita.
O espiritismo não tem dogmas. Todo espírita é convidado, através dos ensinamentos da doutrina, a refletir sobre a sua realidade e a do mundo, sendo assim acaba convencendo-se de que uma única existência física seria muito limitada para entender a grandeza e bondade do infinito. Por que uns nascem tão pobres e doentes, enquanto outros ricos, sadios e felizes? A resposta a esta pergunta nos leva a refletir que não pode ser obra do acaso. Outra questão é sobre a morte. O que nos acontece quando desencarnamos? Separar-nos-emos para sempre das pessoas que amamos, se destinos diferentes, como céu e inferno, nos forem dados? A reflexão a esta pergunta nos leva a concluir que aqueles que estão unidos pelos verdadeiros laços do amor, jamais se separarão, ainda que por algumas existências, o tempo e o espaço físico as impeçam de caminharem juntas, e à noite, em sonhos, encontrar-se-ão nos páramos da espiritualidade.
Estes pensamentos retirados dos ensinamentos espíritas levam-nos a outra conclusão: “Se a morte não existe, se aqueles que verdadeiramente se amam estarão sempre unidos no seio da espiritualidade, se nada é obra do acaso, como uma superstição ou ritual poderia mudar o curso dos destinos? Só o amor, a reforma íntima e a caridade podem transformar doença em saúde, lágrimas em sorrisos, separações em uniões, porque estão em consonância com os ditames do universo”. Portanto, o que diria às pessoas que estão voltadas às práticas ritualísticas e supersticiosas é que reflitam na grandeza do universo e que mergulhem na sabedoria e amor ditados nos evangelhos a fim de, por si mesmas, descobrirem qual o melhor caminho rumo à felicidade.