Aprendamos a respeitar as opiniões alheias
Alexandre Ferreira
Um dos nossos maiores defeitos é acharmos que somos sempre os detentores da verdade. Queremos, constantemente, impor nossas opiniões às outras pessoas e raramente ouvimos o que elas têm a nos dizer.
Se soubéssemos discutir serenamente com todos aqueles que têm pontos de vista diferentes dos nossos, colocando nossas opiniões, mas, também refletindo sobre tudo aquilo que nos é dito, com certeza cometeríamos menos erros no curso de nossas vidas.
Quantas vezes queremos impor nossa maneira de pensar mesmo sabendo que estamos errados? Quantas vezes nosso orgulho impede que reconheçamos que a outra pessoa é quem está com a razão?
Nosso primeiro impulso quando alguém contraria nossas opiniões é o de querer convencer essa pessoa a pensar como nós, não importando se, para isso, iremos desrespeitá-la ou mesmo agredi-la verbalmente. Não paramos para refletir, sequer, se realmente estamos certos ou não. Aprendamos a ouvir.
Muitas pessoas costumam dizer que a verdade não pertence a ninguém. Dizem que cada um vive em um mundo diferente, com pensamentos e atitudes diversas; cada um com a sua verdade. Sabemos, entretanto, que a verdade é uma só. Aquela que vêm de Deus e que, hoje, como espíritas, temos a oportunidade de conhecê-la e a obrigação de segui-la. O que difere não é a verdade e sim, o momento em que cada criatura se encontra. Não podemos colher os frutos se ainda se encontram verdes.
Nossa obrigação é a de orientar, procurar mostrar às pessoas que nos rodeiam o caminho para a verdadeira felicidade sem, jamais, agredi-las e obrigá-las a aceitar o que ainda não podem compreender. Antes de condenar alguém pelo seu modo de agir, olhemos para dentro de nós e relembremos quantas foram as vezes em que, mesmo conhecendo esse caminho, não fomos capazes de segui-lo integralmente…
Muitas vezes, possuímos a melhor das intenções tentando convencer as pessoas que amamos a seguir nossas orientações e conselhos, querendo, com isso, evitar que caiam em erros e algo de mal lhes venha a ocorrer. Esquecemos, entretanto, que essas quedas são necessárias para que possam evoluir pois, geralmente, somente através da dor é que procurarão o caminho do bem.
Lembremos-nos sempre de nosso Mestre Jesus que, apesar de ter absoluta convicção de que a verdade caminhava a Seu lado, jamais procurou impor Sua Divina Lei de Amor a ninguém, respeitando e compreendendo os limites de cada criatura humana, orientando-as com brandura, serenidade e muito amor.