Relatos e confidências de um caravaneiro
Carlos Edson Bonino
Quando recebi o convite para participar da Caravana para o Hospital de Pirapitingui, foi como se estivesse realizando um desejo secreto: a oportunidade de participar de um trabalho genuinamente cristão. Sentia-me grato.
Na manhã da viagem, enchi-me de sentimentos altruístas e pedi a Jesus que me desse humildade, alegria e espontaneidade. E fui…
De início, um pouco apreensivo. Pois logo eu, um desses tímidos de carteirinha com firma reconhecida em cartório, além de conhecer poucas pessoas, estava diante de algo que sempre despertou muitos preconceitos recheados de mistérios: a Hanseníase. Mas o altíssimo astral dos companheiros logo quebrou o meu gelo, além de me esclarecer muitas dúvidas sobre a doença. Mas o melhor ainda estava por vir…
Aquelas pessoas que visitamos me encheram de emoção. E cada uma delas tocou de forma diferente o meu coração. Seu Divino, D. Guiomar, D. Elza, D. Lurdes e outros cujo nome não me lembro. Mas peço, todos os dias em minhas orações, para que Jesus os ampare nessa estrada tão difícil; mas que, sem dúvida, irá levá-los de volta ao coração do Pai Eterno.
Quanto a mim, que me achava em condições de doar um pouco de mim mesmo, foi quem mais recebeu. E recebi exatamente aquilo que havia pedido: humildade, alegria e um pouco de espontaneidade que trago agora.
Muito obrigado pela oportunidade e até a próxima viagem.