Esperanto: um elo de ligação entre os povos
Textos extraídos dos sites da Liga Brasileira de Esperanto e do Grupo de Esperanto da Unicamp
Em 15 de dezembro de 1859, nas cia, na cidade de Bialystok, na Polônia, Lazaro Luiz Zamenhof. A cidade não era grande; nela viviam pessoas de várias orígens, que falavam línguas diferentes e isso constantemente causava desentendimentos e conflitos sociais. O menino Lázaro nasceu e cresceu nesse ambiente e, ainda criança, percebeu a necessidade de uma língua comum para o relacionamento entre pessoas de diferentes línguas. Passou a estudar com profundidade o hebraico, o latim e o grego, além de algumas línguas modernas, como o francês e o inglês, constatando mais tarde que nenhuma delas serviria para esse objetivo.
Com a persistência dos gênios, que colocam seus ideais acima de tudo, passou a elaborar uma nova língua, tomando como base o latim e utilizando elementos mórficos de maior internacionalidade. Ao terminar o curso ginasial já havia esboçado toda a estrutura da nova língua, tendo interrompido o projeto ao iniciar seus estudos universitários. Formado em medicina, retomou os trabalhos, dedicando todo o tempo disponível para a elaboração, experimentação e aperfeiçoamento da língua. Aos 28 anos de idade, finalmente, sua obra estava pronta e em 26 de julho de 1887 veio a público a “LINGVO INTERNACIA”, (Língua Internacional) que ficou mundialmente conhecida como “ESPERANTO”.
Zamenhof foi um homem iluminado, de moral superior, dotado de extraordinária força de vontade na divulgação de seu ideal humanístico. Foi um verdadeiro universalista, pacifista e pensador que lutou contra toda espécie de sectarismo.
A ESPERANÇA DE PAZ EM UMA LÍNGUA UNIVERSAL
Ao longo da história, a supremacia de uma língua sempre esteve ligada à supremacia política e econômica de um povo sobre os demais. Assim aconteceu com os egípcios, com os gregos e com os romanos. Enquanto duraram estas civilizações, seus idiomas se impuseram aos povos subjugados como línguas internacionais.
Por isso, aceitar oficialmente o idioma de outro povo como segunda língua, é, para muitos, submeter-se-lhe psicologicamente, aceitando a sua influência política e a sua cultura, no sentido mais abrangente do termo. Por isso, nenhuma língua regional (japonês, inglês, etc) se presta a função de língua internacional.
O Esperanto, ao contrário, é uma língua internacional e neutra porque pertence a todos os povos e proporciona a comunicação entre pessoas de todo o mundo, sem qualquer tendência de hegemonia cultural, política, religiosa e econômica. Foi criada para facilitar a comunicação entre os povos do mundo inteiro. Mais de cem anos de utilização prática fizeram do Esperanto uma língua viva, capaz de exprimir qualquer nuance do pensamento humano.
Outra característica do Esperanto é a regularidade de sua gramática fundamental, composta de 16 regras sem nenhuma exceção, constando no livro dos recordes como sendo a língua mais regular do mundo. Devido a essa regularidade, com apenas 100 horas de aula o aluno é capaz de ler, falar e escrever fluentemente em Esperanto.
O Esperanto não é uma língua artificial e nem uma mistura de línguas. Foi planejado a partir de línguas neolatinas, eslavas e anglo-saxônicas. Em Esperanto pode-se exprimir qualquer nuance do pensamento humano, seja na poesia, na prosa, na música, na técnica, etc; sejam elas originais ou traduzidas.
Hoje, podemos encontrar mais de 50.000 livros editados em Esperanto, centenas de CDs e fitas K7, vários filmes, documentários e peças teatrais, além de dezenas de emissoras de rádio e mais de 100 revistas e jornais com edições regulares em Esperanto. Nos últimos Congressos Mundiais de Esperanto, a participação média tem sido de 2.000 congressistas de 70 países.
No Brasil a difusão do Esperanto é coordenada pela Liga Brasileira de Esperanto, mas há várias outras entidades que estão empenhadas em sua divulgação, como, por exemplo, a Federação Espírita do Estado de São Paulo.
A Doutrina Espírita têm sido uma das grandes divulgadoras dessa nova língua. Vários livros mediúnicos, como “Memórias de um Suicida”, de Ivone A. Pereira e “Vida Além da Sepultura”, de Ramatís, abordam o tema Esperanto.
Maiores informações através da Liga Brasileira de Esperanto pelo site www.esperanto.org.br ou pela Caixa Postal 03625, Brasília (DF) – CEP 70084-970 – Fone: (061) 226-1298 – Fax: (061)226-4446.