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Quando Jesus teria sido maior?

01/2018 | Estamos Aqui!!!

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita

Colaboração: Hugo Rebello

Imagem do informativoQuando Jesus teria sido maior?

Não se sabe bem quando Jesus teria sido maior. Se ao nascer em Belém sobre as palhas de uma manjedoura, com isso iniciando Sua incomparável exemplificação da humildade; ou quando no templo, ainda na infância, discutia com os doutores, confundindo-os.

Não se sabe bem quando Jesus teria sido maior. Se ao ensinar: Ame seus inimigos, bendiga os que o maldizem; faça o bem aos que o odeiam, e ore pelos que o maltratam e perseguem; ou quando recomenda que, ao darmos uma esmola, cuidemos que não saiba nossa mão esquerda o que fez a direita.

Teria sido ao dizer que, para orar, devemos entrar em nosso aposento e, fechando a porta, dirigir-nos ao nosso Pai que está oculto, pois que Ele, que vê secretamente, nos recompensará; ou quando nos previne a respeito dos falsos profetas, que vêm vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.

Não se sabe bem quando Jesus teria sido maior. Se ao alertar-nos de que não deveríamos julgar, para não sermos julgados; ou quando indicava sensatamente a medida desse conceito, mencionando que não estávamos impedidos de julgar de acordo com a reta justiça.

Se proferindo coisas que teriam lugar vinte séculos após: “O irmão entregará à morte o irmão, e o pai ao filho; e os filhos se levantarão contra os pais”; ou quando profetizava: “Não vim trazer a paz, mas a luta, a divisão, a espada”. Isso porque Ele conhecia a Humanidade e, portanto, sabia de antemão que Sua doutrina, pelas diferentes interpretações que os homens lhe dariam, seria dividida em mil pedaços, com lutas, incompreensões e perseguições.

Teria sido ao dizer aos discípulos que fossem e ensinassem a verdade, curassem os enfermos, dando de graça o que de graça recebessem; ou quando acentuava que não necessitavam de médico os sãos, somente os doentes.

Se ao dizer, em maravilhosa síntese: “Eu sou o caminho, a verdade, a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim”; ou quando, interpelado por Nicodemos, sublinha: “Aquele que não nascer de novo não poderá ver o reino de Deus”.

Não se sabe bem quando Jesus teria sido maior. Se no famoso episódio da pecadora: “Mulher, onde estão seus acusadores? Ninguém a condenou? Nem eu também a condeno. Vá e não peques mais”; ou quando, diante do sumo sacerdote e dos que O acusavam, respondia com o silêncio e a serenidade dos inocentes e dos justos.

Se ao recomendar aos discípulos fossem pelo mundo a pregar o Evangelho a toda criatura, em Seu nome, falando novas línguas; ou ao erigir o portentoso monumento, que é o Sermão da Montanha, no qual traçava para a Humanidade de todos os tempos o mais autêntico e belo código de conduta.

Não sabemos, francamente, quando Jesus teria sido maior.

Sabemos que, passados quase dois mil anos, ainda rastejamos na Terra, num intérmino aprendizado da Sua doutrina.

Até quando continuaremos como aprendizes? Quando nos disporemos a praticá-la?

Quando a excelsa doutrina passará do nosso cérebro ao nosso coração, da teoria à prática?

Pensemos nisso. E nos disponhamos à ação.